Cinco décadas depois da revolta de Stonewall na cidade de Nova York (EUA), as lutas da comunidade LGBTQIA+ continuam vivas diante da necessidade de lutar contra as opressões, o genocídio e a exploração capitalista. A data de 28 de junho marca o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (antes Dia Internacional do Orgulho Gay) e pela ocasião, no domingo, o SINDSERM realiza uma live do projeto cultural LaborArthe com manifestações artísticas e posicionamentos políticos sobre o tema. O evento inicia às 16h pelas transmissões ao vivo no Facebook e Youtube Sindserm Teresina.
Inspirada em mídias diversas, a cartunista Melzes desenha desde criança e atualmente vende adesivos autorais. O trabalho da artista é feito com ressignificações, principalmente com o que um dia pode ter sido considerado descartável ou até nojento. No LaborArthe ela vai demonstrar todo o talento em seus traços.
Outro convidado é Roney Rodrigues. O escritor, ator, produtor cultural e professor de teatro irá realizar uma performance com depoimentos de experiências de vida a partir de diversas linguagens. Roney é fundador e responsável pelo ProSarau, projeto que se compromete com a cultura como ferramenta de transformação social e política no município de Cabeceiras do Piauí. Integrante do Coletivo B R O Bró, grupo criado e formado por artistas independentes do Piauí. É militante bissexual e em seu trabalho com a arte pauta a representatividade LGBTQIA+ e atua também com webativismo administrando o canal bissexuaisbr.
A música estará presente no show de Esther Lima. Cantora e compositora, iniciou os estudos da música aos 12 anos, tocando violão junto a orquestra de violões de Teresina no projeto “Violão na escola” da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. No ano de 2014 ingressou no curso Técnico em Música do Instituto Federal do Piauí (IFPI), onde também cantou junto ao coro vocal do IFPI, no grupo vocal vocal no naipe de contralto e também nos solos. No ano de 2016 Esther Lima ingressou no curso superior de Licenciatura plena em Música na Universidade Federal do Piauí (UFPI) onde canta junto ao coral e a Orquestra Jazz Sinfônica da Ufpi. Já fez apresentações em Fortaleza, Rio de Janeiro e outras cidades com um repertório voltado para a mpb, samba, jazz e música alternativa. Foi ganhadora em primeiro lugar do Festival Teremusic 2019 interpretando canções de Baden Powell e Djavan. Também atua na gravação de jingles de propagandas e canta na banda de Reggae piauiense Alma Roots com quem já gravou Cd e Dvd. É idealizadora da empresa Musicando Kids @musicandokids voltada para a musicalização e aulas de instrumento para crianças e adolescentes.
E ela que já levou o título de melhor Drag do país em 2014 pelo Brasilian Drag também apresentará performance. É Chandelly Kidman, Drag Queen vivida por Mikael Rodrigues. Em sua trajetória, além das performances conhecidas do grande público, ela leva arte e diversão como maneira de trazer alegria para crianças com câncer em um hospital do estado, história que começou a ganhar força em 2015 levando amor, apoio e esperança. Tudo isso fez com que ela ficasse conhecida nacionalmente, e a artista já participou de uma websérie chamada “Os Originais” na plataforma de streaming Netflix. Chandelly prova que arte e amor são armas muito mais poderosas que o ódio.
Uma das vitórias conquistadas no último ano pelo movimento LGBTQIA+ foi o enquadramento da homofobia nos crimes de discriminação racial, mesmo assim há críticas do movimento por limitações e falhas nos registros desses crimes. O Grupo Gay da Bahia relatou que 329 LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil em 2019. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a 1 morte a cada 26 horas, conforme divulgado no Uol.
É na perspectiva de dar voz às lutas e mobilizar a classe trabalhadora que o LaborArthe abre espaço para a defesa dos direitos, das manifestações culturais, da expressão, da liberdade e da vida das pessoas LGBTQIA+.
Não perca!