Em audiência pública do MPPI o SINDSERM Teresina convoca a todos a LUTAR PELA VACINA E TESTAGEM dos trabalhadores em Educação para garantir um ambiente pedagógico seguro e favorável às aulas presenciais

O Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM) participou na manhã desta quinta-feira, 25, de audiência pública do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) por videoconferência que teve como pauta “Discutir a prioridade da Educação no contexto da Pandemia: aulas remotas e retomada das atividades escolares presenciais”.

De acordo com o convite e a convocação enviada pelo MPPI, o encontro se deu com “objetivo de promover a discussão e saneamento, à luz dos aspectos jurídicos, técnicos e sanitários, no que se refere à problemática em torno dos impactos educacionais ocasionados pela Pandemia instalada no mundo em decorrência da disseminação desenfreada do Coronavírus (COVID-19) e, sobretudo discutir medidas atinentes à implementação de aulas remotas e à retomada gradual e segura das atividades letivas presenciais nas redes de ensino”.

Foram convidados para a discussão representantes e dirigentes de diversos setores e órgãos do Piauí, como: Gestores de Educação, Saúde, Conselhos de Educação, União dos Dirigentes Municipais de Educação, União dos Conselhos Municipais de Educação, Tribunal de Contas do Estado, Sindicatos dos Professores e dos Estabelecimentos de Ensino, Movimento Volta às Aulas, Comitês de Operações Emergenciais do Estado do Piauí e de Teresina, Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e da Juventude (CAODIJ), Centro de apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, da Saúde e de Direitos Humanos, eventuais autoridades interessadas e a sociedade em geral.

Na reunião, o membro da Direção Colegiada do SINDSERM, Sinésio Soares, ressaltou a importância das aulas presenciais, mas que sem a vacinação da população e testagem não tem como garantir a segurança de todos. “As aulas presenciais são fundamentais, mas sem vacina não temos segurança. Não é somente vacina, é vacina e testagem. Nas 314 unidades de ensino que frequentávamos até 2019 regularmente, mais da metade não tem a mínima condição de seguir os protocolos que são estabelecidos pelo próprio COE. As aulas presenciais são importantes, mas não são seguras enquanto não houver vacina e testagem. Tem dinheiro? Tem! O problema é que está indo para outro lugar e aí entra o Ministério Público e muita fiscalização. Acho importante que a gente compreenda que hoje temos de fazer o possível para que as aulas presenciais possam retornar, mas isso significa acelerar a compra de vacinas, pelo meio correto e não tirando dinheiro da previdência como o prefeito iria fazer”, disse.

Também o diretor da entidade sindical mandou um recado direto ao atual prefeito Dr. Pessoa (MDB) sobre a retirada da Urgência do bairro Parque Piauí. “Não faça isso que você fez, retirando a urgência do Hospital do Parque Piauí. Isso irá aumentar a superlotação do HUT e a superlotação da UPA do Promorar, onde aconteceu o caso da técnica de enfermagem Pollyena na foto que está viralizando por todo o mundo. Cerca de 150 pessoas eram atendidas diariamente neste hospital. O prefeito simplesmente fechou a urgência e emergência sem nenhuma satisfação e apenas realizaram uma reunião avisando do fechamento. Estamos em movimento para retornar com a urgência.

Resumindo a posição, decidimos que na rede municipal, por votação, nós só voltaremos para aula presencial com vacina e testagem, vamos unificar esse sentido, vamos atrás dessa vacina, vamos fazer com que os gestores promovam um esforço concentrado para que todos sejam vacinados”, afirmou.

Ao final da intervenção, Sinésio também manifestou solidariedade ao professor Jurandir Soares, presidente do Sindicato dos Professores (SINPRO) que foi ameaçado por defender lockdown e fechamento das escolas. O coordenador geral do SINDSERM Teresina enfatizou que perseguições não são aceitas e pontos de vista devem ser defendidos de acordo com a ciência.

No encontro, marcado por diferentes visões e posicionamentos acerca da temática, SINDSERM e SINTE defenderam a necessidade URGENTE de todos lutarem por vacina e testagem das(os) trabalhadoras(es) em Educação para garantir um ambiente pedagógico seguro e favorável às aulas presenciais que todos reconhecem como indispensáveis.