As(os) trabalhadoras(es) do serviço de agentes de portaria da Prefeitura de Teresina estão assustados com a constante violência a qual estão sujeitos nos locais de trabalho. Além disso, a falta de estrutura, os baixos salários e o desrespeito às atribuições do cargo levaram alguns representantes do setor a procurarem o SINDSERM para organizarem as lutas da categoria e cobrarem, da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT), as providências necessárias.
Em reunião ocorrida no último dia 29 de junho, foi colocada em pauta a urgência de melhorar e investir em equipamentos de segurança nos locais de trabalho como, por exemplo, instalando câmeras para monitoramento. Foram relatados os constantes assaltos que estão ocorrendo em várias regiões da cidade, onde, inclusive, trabalhadores já foram agredidos e ficaram na mira de indivíduos portando armas.
O cargo de agente de portaria tem a função de identificar visitantes, orientar as pessoas aos setores procurados bem como ajudar na circulação de informações no âmbito das portarias de cada unidade. Não se trata, no entanto, de um vigia armado, ou de um guarda, pois não têm tal atribuição e orientação para a atividade. Mesmo assim, são constantes os casos onde as(os) trabalhadoras(es) sofrem desvios de função e se vêm obrigadas(os) a exercerem outras atividades, ajudar em rotinas das unidades e se responsabilizar pela segurança sem ter o mínimo de estrutura, arriscando suas vidas no exercício laboral.
A categoria que presta um serviço delicado para o município, vive em constante ameaça de serem substituídos por prestadores de empresas privadas e terceirizadas, opção que pode ser tomada pela PMT ao invés de realização de investimentos para as(os) trabalhadoras(es) que atuam em escolas, órgãos públicos, hospitais, unidades básicas de saúde, na zona urbana e rural de Teresina.
Diante dos ocorridos, o SINDSERM orientou a formação de uma comissão formada por seis agentes de portaria que irão apurar os casos, mobilizar os demais membros da categoria a estarem presentes nas atividades do Sindicato e formalizarem uma pauta de reivindicações específicas do setor para ser entregue o mais urgente possível para a PMT.